Benfica interessado na contratação do Han Willhoft-King

Muitos sonham com uma oportunidade no futebol profissional, muito poucos a têm e são ainda menos os que abdicam desse sonho para se dedicarem aos estudos.

É o caso de Han Willhoft-King, jovem de 19 anos apontado como uma das promessas do futebol inglês e agora o mais recente estudante de Direito no Brasenose College, em Oxford.

 

Willhoft-King jogou durante quase toda a carreira no Tottenham. Chegou a trabalhar na equipa principal, com Antonio Conte. Em 2022, foi apontado pelo jornal The Guardian como a maior promessa da formação dos spurs.

 

Mas depois vieram as lesões, «tempos sombrios», e um cada vez maior interesse pelos estudos. Andou na escola pública até ao 11.º ano, depois o Tottenham contratou-lhe professores particulares para os exames de Matemática e Economia. «Tinha aulas duas vezes por semana, cerca de duas horas, e o resto era essencialmente estudo autónomo», explica, ao The Guardian.

 

Antes de Oxford, no entanto, o médio quis ir para os Estados Unidos da América. UCLA e Harvard mostraram interesse, Willhoft-King recusou as propostas de renovação do Tottenham e aceitou a oferta da UCLA. Assinou inclusivamente um contrato com o Cincinnati 2, da MLS Next Pro, para conciliar o futebol com os estudos. No entanto, após algumas semanas em Los Angeles, recebeu uma proposta irrecusável, do Manchester City.

 

«Nessa altura, o plano ainda era ser profissional e senti que me arrependeria para sempre se não aceitasse ir para o Man City. Ficaria sempre a pensar: ‘E se tivesse aproveitado aquela oportunidade?’ Agora que a tive, posso afastar-me do futebol sabendo que dei o meu melhor. Isso é muito mais reconfortante para mim», explica.

 

O jovem mudou-se para os citizens e começou até a ser chamado aos treinos da equipa principal, com Pep Guardiola, onde se sentia deslumbrado.

 

«O Tottenham é uma boa equipa, mas o Man. City está a outro nível. De Bruyne, Haaland… são os melhores jogadores do mundo. Mas também percebes que são pessoas normais. Brincam uns com os outros, apontam os erros. E ver o Pep… ele é tão, mas tão efusivo. A energia que transmite, os gestos, o tom de voz. É algo notável», conta.

 

«Depois… não quero dizer que fiquei desiludido, mas percebes que… bem, treinar com a equipa principal tornou-se algo que, estranhamente, ninguém esperava com grande entusiasmo», continua. «Porque era só para fazer pressão. Andávamos a correr atrás da bola como cães durante meia hora, 60 minutos. Não é uma experiência muito agradável, especialmente quando estás a tentar pressionar o De Bruyne, o Gundogan ou o Foden. Nem te consegues aproximar deles, e esse sentimento de frustração acaba por superar o deslumbramento inicial», confessa

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